sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O retrato de Dorian Gray

Finalmente comecei a ler O retrato de Dorian Gray, livro que está na minha lista de leitura há três vergonhosos anos.

Oscar Wilde em pose de Dorian Gray

Tá certo que, até o momento, só li o primeiro capítulo, mas digamos que ele não "desceu redondo". Não sei se foi o fato de a tradução pomposa de Enrico Corvisieri (*cof, cof* Oscar Mendes *cof, cof*), cheia de vírgulas e orações de 10 linhas, ter dificultado um pouco o início do livro. Porém, é certo que grande parte da culpa recai sobre Oscar Wilde.

No diálogo inicial entre Lorde Henry Wotton e o pintor Basílio* Hallward, Wilde faz um esforço tremendo para tornar cada frase memorável, "quotable". Mas, ao mesmo tempo que realmente nos traz algumas pérolas, como a que citarei abaixo, torna o diálogo pouco fluido e muito forçado, decididamente inverossímil. Vamos ver como o romance se desenrola: se é precipitado julgar um livro por sua capa, também o é avaliá-lo por seu primeiro capítulo.

Ah, a citação que gostei vem da boca de Lord Henry:

(...) a verdadeira beleza acaba onde começa a expressão intelectual. A intelectualidade é em si mesma um exagero e destrói a harmonia de qualquer rosto. Desde o instante em que alguém se senta para pensar, torna-se todo nariz, ou todo fronte ou alguma outra coisa assim horrível.

*Que diabo de nome é esse para um inglês? Aposto 1 libra que no original o nome do sujeito é Basil. Mania besta de traduzir nome! Se vai fazer assim, porque então não traduziu o "Lorde Henrique"? Eu, hein...

4 comentários:

  1. Também, Valéria. Detesto essa pandeguice.

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  2. Eu quero ler esse livro há muito tempo, espero que consiga ainda este ano. E esse Basílio só se engole em literatura brasileira :P

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