Tenho uma admiração genuína pelas pessoas que fazem o que querem sem se preocupar com o que os outros vão pensar (desde que esses atos não prejudiquem outras pessoas, claro). É sério. Mas por que eu estou falando isso? Eu explico.
Ontem, eu estava dentro do ônibus ouvindo meu MP3 player quando vi um cara no ponto de ônibus ouvindo o dele também. Mas ele ouvia meeesmo, curtindo a música tremendamente. Ensaiava uns passinhos, cantarolava trechos e até tocava guitarras e teclados imaginários. Totalmente leve e feliz, sorridente. Enquanto eu, para não passar por maluca, o máximo que fazia era batucar um cadinho na perna o ritmo da música que eu ouvia, por mais irresistivelmente alegre que ela fosse.
Tive inveja do cara, juro. As pessoas passavam por ele e olhavam meio surpresas, como se fosse um maluco, e ele nem aí. Eu sorri. Porque, por dentro, era exatamente assim que eu queria estar: dançando, cantarolando despreocupadamente, alheia a tudo e a todos. Curtindo minha música.
Um dia eu chego lá.
Há um ano