terça-feira, 27 de julho de 2010

Resenha: "Alice"

Confesso que o lançamento de "Alice", do Tim Burton, acabou influenciando a minha decisão de ler este livro em julho. Em uma ótima promoção, comprei uma edição linda de Alice no país das maravilhas - Através do espelho, da Jorge Zahar, com as gravuras originais de John Tenniel e a tradução caprichada de Maria Luísa Borges (que ganhou o prêmio Jabuti por ela).

Apesar de ser uma história infantil, penso que os adultos talvez se divirtam mais com os diálogos completamente nonsense que Alice trava com os habitantes do país das maravilhas e do espelho. Porém, acho o livro altamente aconselhável a crianças, principalmente porque estimula o questionamento o tempo todo: se não é Alice a fazer as perguntas, são os seres que ela encontra pelo caminho que esgotam a paciência da menina com perguntas fora de propósito para a nossa lógica humana - mas cheias de sentido para eles.

Como fã dos Beatles, já sabia da influência de Lewis Carroll no trabalho de John Lennon, mas ao ler Alice, dá para visualizar perfeitamente componentes do estilo de Carroll em algumas músicas de Lennon. As letras de Lucy in the sky with diamonds, A day in the life  e I'm the walrus são exemplares para perceber essa influência.

Devo fazer um parênteses para elogiar essa edição caprichada da Jorge Zahar, que acertou em tudo: a capa dura, em amarelo, com forro em contrastante roxo; os tipos utilizados na diagramação, bem de acordo com o livro; a escolha do papel amarelado, sem aquele branco lavado que incomoda a vista; e o formato, em livro de bolso. Tudo nota 10!

Quanto ao conteúdo, me diverti muitíssimo. Quatro de cinco estrelas.

Um comentário:

  1. Li Alice ado adolescente, o filme me fez ter vontade de lê-lo outra vez, como vc, está na fila para leitura, espero compreendê-lo melhor.

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