sexta-feira, 9 de julho de 2010

Marca da Copa 2014, que decepção

Ontem, com toda a pompa e circunstância que a ocasião pedia, o Brasil divulgou a marca da Copa 2014. Infelizmente, a papagaiada toda não deu para maquiar o simples fato de que a marca é horrenda e, principalmente, equivocada na simbologia que utiliza. Vamos lá.


1) As cores utilizadas. Tem coisa mais clichê, cômoda e preguiçosa que usar as cores verde e amarelo para representar o Brasil?

2) O objeto. As três mãos bizarras formam a figura da taça, ou seja, mostra a vitória, a premiação. Mas a marca de uma Copa do Mundo não deveria ser essa, e sim o jogo, o fair play. Afinal, a Fifa não se vangloria de que tem mais países associados que a própria ONU e propõe o esporte como uma forma de promover a paz entre os povos? Então não é a vitória (que pressupõe um perdedor) o que deve ser reverenciado na marca, e sim o próprio futebol.

3) Que jurado é esse? Quais as credenciais de figuras como Paulo Coelho, Gisele Bündchen e Ivete Sangalo para decidirem a melhor marca para a Copa de 2014? Essa eu não entendi.

O blog Magenta, do Globo Online, conta que a Associação dos Designers Gráficos do Brasil foi procurada pela Fifa para organizar um concurso nacional para escolher a marca, mas esse concurso acabou não se concretizando. Acredito que poderiam surgir resultados muito mais interessantes se houvesse esse concurso.

A propósito: a marca foi concebida pela agência África, entre 25 concorrentes. Todas as marcas foram elaboradas por agências.

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