Primeiro, publicam uma entrevista do Caetano a um jornal paraibano em que ele diz que não gosta do Woody Allen. E daí? Woody Allen certamente deixou de dormir direito na noite em que leu que Caetano não gosta de sua obra cinematográfica! (Um parêntesis: Caetano chama o cineasta, entre outras coisas, de "careta". Nossa, tem coisa mais careta hoje em dia do que chamar alguém de careta? Alguém por favor vai correndo avisar ao Caetano que a década de 1970 já acabou faz tempo...)
Eu sei de tudo. Ou não.
Depois, o Estado de S. Paulo entrevista Caetano com exclusividade. Ele fala de tudo: política, segurança pública, invasões extraterrestres, teorias matemáticas, a fórmula da cura da gripe suína, como solucionar a fome no mundo e o que mais os jornalistas se animem a perguntar. Ele opina sempre, mesmo que não tenha o menor conhecimento do que está falando: Caetano gosta é de palpitar mesmo. Mas, nessa entrevista, o que foi divulgado aos quatro cantos foi quando ele chama Lula de "analfabeto". Tá. E daí? Não foi o primeiro nem o último a fazer isso. Além do mais, que coisa mais infantiloide. Daqui a pouco, as declarações serão assim: "Caetano diz que Lula é bobo e tem cara de mamão".
E aí, quando já achamos que estamos livres dessa caetanarada toda, eis que ele ainda ganha o Grammy Latino por "Zii e Zie". Como diria Galvão Bueno, haja coração!
Muito chato... querendo aplauso e evidência com opiniões supostamente polêmicas. Quem se importa com o que ele diz?
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