quarta-feira, 13 de maio de 2009

Adeus, meu amigo...

Estou no trabalho e o celular toca. É minha mãe, que mora em outra cidade e nunca me liga no horário de trabalho (nem no meu horário, nem no dela).

"Oi, filha, você está com a sua irmã?"

"Não, mãe, estou no trabalho, em reunião. Não sei que horas volto para casa."

Silêncio.

"Sabe que é, filha, é que o veterinário esteve lá em casa e o Pit não está bem do coração, está doente."

Meu cachorrinho Pit

Pit é o cachorro de 17 anos que tenho desde menina e que, infelizmente, não pude trazer para o Rio quando me mudei para cá. Minha mãe jamais telefonaria no horário de trabalho só para dizer que ele estava doente. Desconfio do pior.

"Mãe, você não está só dizendo isso para amortecer o impacto da notícia, né? O Pit já está morto?"

Depois de um pequeno silêncio, ela diz "Não" três vezes. As três vezes não me convencem e desligo o telefone certa de que ele morreu.

As horas no trabalho não passam e, ainda por cima, me forço a ir à academia. Não consigo me concentrar nos exercícios e vou embora para casa mais cedo.

A cada passo mais perto de casa, minhas pernas enfraquecem, ficam pesadas, e meus olhos ardem. Quando finalmente fecho a porta atrás de mim, dou vazão às lágrimas e reúno coragem para ligar para a casa dos meus pais e confirmar a triste notícia.

Jamais haverá outro cachorro como o Pit. Um vira-lata inteligente, valente e, sobretudo, companheiro. Durante seu "reinado" como bicho de estimação na nossa casa, tivemos mais dois cachorros que não conseguiram se adaptar a ele (e nem ele aos outros), nos levando ao dilema do "ou eu ou ele". Sempre escolhemos o Pit.

Dos 11 aos 28 anos ele foi meu amigo. Vivi mais tempo da minha vida com do que sem ele; como, de repente, me acostumar à sua ausência?!

Poucos entendem a dor que sinto e sei que posso até virar piada para algumas pessoas, para quem cachorros são apenas animais irracionais e inferiores a nós. Isso é porque elas nunca tiveram um Pit em suas vidas.

Só posso agradecer a Deus por ter me abençoado por 17 anos com esse cachorro sensacional. Vai com Ele e São Francisco de Assis, meu amigo! A gente ainda se encontra um dia.

7 comentários:

  1. Querida,
    te escrevo com o Donnie no colo (gatinho, dono da casa) e entendo perfeitamente. Quase morri de dor quando perdi Broqui meu hamster. Um dia te mostro as fotos do fofinho. Um abraço com todo carinho para você.

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  2. Muita força, Elaine. Eu sei o que é perder um bichinho querido... aliás, perder várias vezes. Enfim, o importante é que ele viveu muito e foi amado. Agora é guardar as boas lembranças.

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  3. Elaine,
    Eu entendo e como entendo! Meu cachorrinho é minha paixão. Sei exatamente o que vc está sentindo. Sinto muito por vc. Mesmo.
    Bjos,
    Paulinha
    http://twitter.com/miss_hippie

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  4. Oie Elaine, ao ler sua postagem meus olhos se encheram de lágrimas, eu amo gatos e cachorros já perdi um e sei como é, hj em dia tenho 2 o Sapeca q éh um vira lata e a Kenny q éh uma salsichinha eles parecem gente entendem td...e os amo mto e nem imagino o dia em q eles naum estarao mais aqui...mta força pra ti....pense nele com mto amor, nas hrs felizes q estiveram juntos, agora ele está ao lado de Deus e c/ ctz um dia se encontrarão novamente...mas vc teve mta sorte 17 anos éh pra poucos...ele viveu praticamente uma vida ao seu lado....BjOs....e o Pit estã bem c/ ctz....

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  5. Obrigada pelo apoio e carinho, gente. Hoje estou bem melhor, mas o início dessa semana foi muito barra. Pior vai ser chegar na casa dos meus pais e não ouvir o latido dele a me recepcionar...

    Bjs!

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  6. Elaine,

    pôxa que triste!! Eu também tive dois cachorros que marcaram a minha infância, adolescência até chegar a fase adulta.

    Um viveu 15 anos e o outro, filho dele, viveu 11 anos.

    Ficaremos sempre com uma doce lembrança do quanto esses animais foram especiais para a nossa vida.

    Supere a tristeza, pois tenho certeza que o Pit não gostaria de te ver assim.

    bjão!!

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  7. Oi Elaine!
    Conheci seu blog através do Jane Austen em Português!!
    Meu poodle (Lully) de 14 anos morreu em março desse ano. Sofri muito, chorei muito. Desde os 10 anos que ele tinha problemas cardíacos. Tomava 5 remédios por dia. Fizemos de tudo, mas... um dia ele se foi. Ficamos todos arrasados lá em casa...
    Ainda tenho uma SRD (Branquinha) de 11 anos, que é a minha lambona rsrsrsrsrsrs muito fofa!
    Um bom fim de semana pra vc!!! :)))
    Abraços!

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