domingo, 3 de abril de 2011

O vício das unhas pintadas

O vício começou bem de mansinho. Aliás, a bem da verdade, nem parecia vício, no que ele tem de inebriante e avassalador. Na loja, uma fileira imensa de vidrinhos coloridos me olhava, convidativa. Expostos na mesma disposição das cores do espectro do arco-íris, eram mesmo muito lindos de se olhar. Mas, comedida, peguei apenas um vidrinho violeta e fui embora.

Meses depois, lembrando de que adoro a cor laranja, entrei nas Americanas e resolvi comprar um vidrinho dessa cor. Acabei descobrindo, também, um conjunto com cinco vidros, incluindo um azul escuro e um verde escuro lindíssimos e que eu nunca tinha visto igual. Comprei também.

Agora, não há como olhar para minhas mãos e não ver as pontas dos dedos coloridos. Na maioria das vezes não consigo nem esperar que as cores se esmaeçam nos dedos e vão naturalmente embora: tiro logo para experimentar novas tonalidades e combinações.

Nem pareço a mesma que, no ano anterior inteiro, havia pintado as unhas apenas uma vez - e mesmo assim porque ia a um casamento no qual era a madrinha.

Agora que o vício das unhas pintadas parece ter entrado numa estabilização (tenho comprado mais espaçadamente), parece que um outro começa: ontem descobri que estou sem maquiagem decente e comprei um conjunto de sombras e um pó compacto.

Seria a crise dos 30 anos se aproximando?

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