domingo, 5 de abril de 2009

Rio, aquele abraço!

Esta semana, voltei a morar no Rio depois de três anos residindo no interior do estado. Mesmo que durante este período eu tenha vindo para cá com certa regularidade, o choque foi inevitável.

Primeiro: o Rio é um saco sem fundo de gente. Parece não ter fim. Aonde se vá o local está lotado, há fila para tudo.

Segundo: o trânsito é um caos. Eu, que já reclamava dos problemas que tinha na minha cidade de origem, fico estarrecida com as demonstrações de imprudência e imperícia que vem de todos os lados. E olha que não estou dirigindo por aqui! Só de carona dá a maior aflição. Não sei como vai ser quando comprar o meu carro...

Terceiro: aqui não existe "Dou um pulinho ali e já volto". É fisicamente impossível! O "já volto" é, tipo, duas, três horas depois. Pelo mesmo princípio, podemos afirmar que a pontualidade é item raro.

Quarto: você encontra todo o tipo de gente. Não dá para dizer que o carioca é simpático, nem que é antipático. Fui a um restaurante em que a moça que anotava o peso do prato era a simpatia em pessoa, e a moça do caixa, um nojo.

Falando assim, até parece que eu não sabia dessas coisas, que eu nunca morei no Rio - passei seis anos morando aqui. Mas a gente se acostuma com outra vida, outro ritmo, outra cidade. Em suma: tenho que reaprender a ser carioca.

  • Foto: resisti ao clichê Corcovado-Pão de Açúcar-Praia de Copacabana. Resolvi colocar um retrato bem cotidiano - a estação de metrô lotada de gente para pegar a Linha 2, que serve os bairros da Zona Norte. Aquele abraço!

5 comentários:

  1. Entendo perfeitamente o que você fala... Estive no Rio semana passada. Moro fora faz quase oito anos. Cada retorno me enche de estranheza e felicidade. Mas não vou mentir, detesto Brasília, mas não tenho vontade de voltar. Acima de tudo, não tenho vontade de usar este metrô para trabalhar ou ir a qualquer lugar. Se voltasse hoje, a depender de onde morasse, teria que usar o metrô. Isso para mim é a visão do inferno. Prefiro encarar o ônibus e o congestionamento... Mas sabemos que isso é temerário.

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  2. Pois é cidade grande é isso mesmo, não tem como fugir.

    Aqui em Recife em algumas partes da cidade é uma loucura, mas sou privilegiada de morar em um bairro tranquilo e o acesso ao meu trabalho não ser tão complicado assim. :)

    Boa Sorte na cidade maravilhosa!! E só uma dúvida, qual era a cidade antes que vc morava?

    bjs

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  3. Acho que nem em São Paulo fica tão cheio (mentira, fica sim dependendo do dia, sou só uma paulista tentando proteger onde mora, mas é tudo igual)

    Ainda bem que só preciso pegar um metrô lotado (não desse jeito, graças a Deus) úma vez por semana as 18hs, o melhor mesmo é esperar até umas 19:30, 20hs porque já esvaziou e você vai embora com calma e sem stress.

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  4. Oi!!!
    Estive dando uma passeada pelo blog e vi um post onde vc fala que não gosta de Marian Keyes!
    Ufa! Somos duas!!!!

    Qdo tiver um tempinho, dê uma passadinha no meu blog!
    http://livrosdebia.blogspot.com

    Bjs

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  5. Valéria, eu não encaro o metrô desse jeito, não. Uso só nos meus horários de folga e nos fins de semana.

    Lu, eu morava em Macaé, cidade no norte do estado do Rio com 180 mil habitantes.

    Bárbara, o metrô do Rio fica lotado desse jeito porque tem apenas duas linhas, congestiona mesmo. Pelo que ouço falar, não chega nem aos pés do sistema metroviário de São Paulo, que é mais bem servido.

    Bia, seja benvinda! (argh, esse acordo ortográfico!) Pois é, não gosto mesmo de Marian Keyes e fico feliz em saber que não sou a única. Já visito seu blog. Bj!

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