segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ame o seu vizinho

Não sei o que acontece: nunca tive sorte com vizinhos.

As pessoas me contam histórias maravilhosas sobre seus vizinhos, de como eles estão sempre lá presentes para ajudá-los, de como já tomaram emprestado não apenas as famosas xícaras de açúcar, mas também CDs, DVDs, eletrodomésticos e até carros. Comigo é diferente. Ao lado da minha casa, já morou toda a sorte de vizinhos folgados, barulhentos, enfim, a crème de la crème da falta de educação.

Já diz o ditado: "Vizinho não se escolhe". Infelizmente!

Abro um parêntesis: até que, no apartamento em que vivo hoje, tenho um relacionamento legal com meus vizinhos. O fato de eu passar quase o dia todo fora parece facilitar nesse mister, é verdade, mas já consegui ajuda deles em algumas situações chatas. Deles eu realmente não tenho do que reclamar.

Mas então por que é que estou contando essa história toda? É por causa de minha outra casa, a que acabo de comprar na cidade que morava antes de vir para o Rio.

Fui lá neste fim de semana para mostrar minha casinha para uns familiares: ela fica dentro de um desses condomínios fechados, com jeito de cidade de interior, muito agradável. Só que, como a casa acabou de me ser entregue, ela ainda não tem portão. Olhei o gramado (que está bem castigado, aliás) e vi umas catotinhas brancas. Ora, eu já tive cachorro por 17 anos e sei muito bem o que é isso: é cocô ressecado.

Minhas suspeitas se confirmaram quando, de repente, surge um pinscher lépido e faceiro correndo no meu gramado, já pronto para fazer suas necessidades, numa familiaridade de quem não está fazendo isso pela primeira vez. Acontece que bichinho pertence ao vizinho da frente que, ao ver a dona da casa ali, olhando tudo, chamou o cachorrinho na hora, todo sem graça.

Eu estou louca ou é o cúmulo da cara-de-pau e falta de respeito simplesmente deixar seu cachorro fazer as necessidades no gramado da casa de outra pessoa, mesmo que a casa esteja fechada? É cada um que me aparece...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ensinando a tricotar

"Tia, você me ensina a fazer tricô?"

De tanto me ver tricotar, minha sobrinha de oito anos quis aprender também. Apesar de pouquíssimo acostumada ao papel de professora, me aventurei a explicar a ela como montar os pontos iniciais, como são os pontos tricô e meia, como arrematar e fechar o trabalho.

Fiquei enternecida de vê-la ali, tricotando com dificuldade, as mãozinhas segurando as agulhas desajeitadamente, demorando para fazer os pontos meio desengonçados, próprios de quem está começando a aprender.

E enfia a agulha no ponto, passa a linha, puxa a agulha: tudo feito com cuidado, o rostinho compenetrado, mordendo a lingüinha, num jeito muito seu.

Por fim, ficou pronto seu primeiro trabalho: um quadradinho bem pequeno de lã verde. Seus olhinhos brilharam e ela correu a casa inteira, mostrando, orgulhosa, o que havia feito. E eu também estourando de orgulho da minha pequena pupila.

Engraçado como coisas tão simples podem nos dar uma sensação de completude tão grande.

domingo, 9 de agosto de 2009

Update: "Amadeus"

Disse lá atrás que estava vendo o filme Amadeus por etapas. Hoje finalmente consegui ver o final do filme e algumas coisas mudaram sobre a minha análise anterior:

1) Sobre Salieri - pareceu menos invejoso. Menos mal.

2) Sobre Constanze - melhorou sensivelmente no decorrer do filme, deixando de ser a debilóide do início para uma mulher com mais fibra.

No geral, o filme é OK, mas o que salva mesmo são as músicas, as composições maravilhosas de Mozart. No fim das contas, na categoria filmes sobre gênios da música, ainda prefiro Minha amada imortal.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Peito de peru

Já faz tempo que não conto histórias sobre os meus sobrinhos, embora eles me brindem com situações engraçadíssimas numa frequência deliciosa.

Essa que vou contar aconteceu num rodízio de pizza. Um garçom se aproximou de nós e ofereceu:

- Pizza de peito de peru?

No que meu sobrinho de quatro anos caiu na gargalhada.

- Pizza de peito de pelu? (é, ele fala como o Cebolinha!) - e continuava a rir. Não entendíamos nada, até que a mãe dele perguntou:

- Por que você está rindo, que graça tem pizza de peito de peru?

O pimentinha responde:

- Peito é de menina e pelu é de menino! Como pode ter peito de pelu?

Tivemos que fazer muita força para não rir...